O INÍCIO... Um grupo de jovens que compunha a MOCIDADE ESPÍRITA
DA LAPA, e participantes do coral, passou a se reunir no final do ano
de 1966, na casa de um de seus componentes (Srta. Levaldina), na Rua Dronsfield,
253 – fundos, com o objetivo de constituir uma nova Casa Espírita. Passou-se a estudar inicialmente o nome a ser dado à Casa Espírita que acabava de ser constituída. As sugestões foram: “SOCIEDADE ESPÍRITA FRATERNA”; “SOCIEDADE ESPÍRITA “EM BUSCA DA PAZ”” e “SOCIEDADE ESPÍRITA “NA SEARA DO MESTRE”” . Acabou por ser escolhido, em caráter provisório, o nome de “SOCIEDADE ESPÍRITA FRATERNA”. Na reunião seguinte ocorrida em 29/01/1967, já se somavam novos componentes para a efetiva constituição da nova Casa Espírita, como: Lauro Rosa, Otávio Alvarez, Marinalva de Souza, Nelson do Amaral. A reunião aconteceu na rua Dronsfield, 253 – fundos, casa da Sra. Levaldina. Decidiu-se por alugar um imóvel na rua Tito, 1721 – Lapa, para ser a sede da nova sociedade. Naquela mesma reunião foi eleita a 1ª.
Diretoria Provisória da “SOCIEDADE DE ESTUDOS ESPÍRITAS
FRATERNA”, que ficou assim composta: Presidente: Jonas Batista de
Carvalho; 1º. Secretário: Antonio Sérgio de Souza;
2º. Secretário: Levaldina Barboza do Nascimento; Tesoureiro:
Pedro Rodrigues. No final da reunião acontecida em 02/04/1967, quando foi deixada a palavra livre, Alceu Wedekin Trindade sugeriu que o nome da sociedade, até então SOCIEDADE DE ESTUDOS ESPÍRITAS FRATERNA, fosse modificado para SOCIEDADE FRATERNA DE ESTUDOS ESPÍRITAS, nome mantido até hoje. A sugestão foi aceita por todos os presentes. Ao final do 1º. ano de vida Sociedade Fraterna de Estudos Espíritas o número de colaboradores já era grande, e a atividade do coral e do grupo de teatro formado na Casa era intensa. No final do ano de 1969 os trabalhadores da casa programaram um grande show para o dia 25/01/1970, com o objetivo de angariar recursos visando conseguir a sede própria. A “ Campanha Pró Sede Própria ” estava lançada. Enquanto o sonho da sede própria não se tornava realidade, a FRATERNA mudou-se para imóvel de propriedade do Sr. Gino Rossi, situado na rua quatorze, nº 13-C, na Vila São José, em Pirituba. Os trabalhos de assistência espiritual, assistência social, estudo da Doutrina, divulgação e parte artística continuavam intensos. Um episódio interessante aconteceu em outubro de 1971, ficando claro que Bezerra de Menezes, o Kardec Brasileiro, acompanhava de perto o destino desta casa de luz que nos abriga em nome de Jesus, para que perpetuasse a saga de caridade que nasceu em 14/01/1967. Naquela data o Conselho da Fraterna elegeu um novo presidente que se recusava assumir o cargo, uma vez que havia anunciado anteriormente que não desejava nem mesmo algum cargo de Diretor em nossa Casa. O motivo alegado era o da incompatibilidade com os freqüentadores da casa, acreditando ele que o fim da Fraterna era iminência. Aqueles que o haviam conduzido ao cargo lhe deram o prazo de 30 dias para pensar, e somente ai aceitar ou recusar o cargo. Como todas as Casas Espíritas são coordenadas do Plano Espiritual para o mundo físico, os espíritos dirigentes da Fraterna fizeram com que o presidente eleito e não assumido viajasse até Uberaba, em visita a CEC – Comunhão Espírita Cristã, onde atuava o famoso médium Francisco Cândido Xavier, e através de Chico Xavier foi psicografada uma mensagem de Bezerra de Menezes, “o Kardec brasileiro”, endereçada ao tal presidente. A mensagem pediu que ele assumisse seu cargo, pois era sua obrigação de momento. O presidente assumiu, a Fraterna adquiriu nova dinâmica, ganhando corpo a campanha da sede própria, cuja inauguração deu-se no mês de agosto de 1974. No primeiro semestre do ano de 1972 as obras de construção da sede própria da FRATERNA se iniciavam com a construção de um poço, pois a região não era servida por água encanada. Começava a ser erguida, finalmente, a nossa sede, com a participação ativa de Ivanir do Carmo Caurim, cujos alicerces começaram a ser erguidos em 7 de setembro daquele ano. E os eventos visando à construção continuavam: bingos, feijoadas, chás. Em abril de 1973 a sede já se encontrava em fase final de construção. Para conseguir novos recursos para a finalização, o grupo artístico da FRATERNA realizou um evento de grande porte no Clube da Saudade da Lapa. Os colaboradores buscavam doações de tecidos para a confecção das cortinas a serem colocados no novo imóvel, tendo sido lançada, também, a “Campanha das Cadeiras”. As vésperas da inauguração da nossa sede, em reunião de diretoria acontecida em 26/03/1974, apresentou-se uma entidade de nome Célio, deixando uma mensagem de otimismo a todos, pedindo total confiança nos amigos espirituais, mentores de nossa Sociedade. Naquela mesma data, 26/03/1974, o Sr. Luiz Rampazzo informou da possibilidade da FRATERNA ganhar cadeiras que estavam sendo dispensadas por um cinema na Vila Carrão. As cadeiras foram efetivamente ganhas, e permaneceram no salão “André Luiz”, de nossa Sede, até a poucos anos. Finalmente ficou marcada a data da inauguração de nossa sede – dia 25 de agosto de 1974, pelo então presidente de nossa sociedade, Sr. Ivanir do Carmo Caurim. Finalmente o sonho se materializa. Dia 25 de agosto de 1974, as 17:00h se inicia a solenidade de inauguração de nossa sede. O Sr. Luiz Rampazzo é o apresentador; o coral da FRATERNA, sob a regência do Sr. Alceu apresenta diversos números musicais. São convidados a compor a mesa o Sr. Humberto Rotandaro, presidente do Centro Espírita Irmão Itajubá, e o Sr. Valentim Lorenzzeti, o orador convidado para a inauguração. Como gratidão são entregues livros espíritas a todos que cederam suas residências para a realização dos eventos que possibilitaram a construção. Um agradecimento especial foi dirigido ao Sr. Gino Rossi, que por vários anos cedeu sua própria residência para o funcionamento da FRATERNA. Durante todo o tempo em que a construção
da sede própria foi assunto relevante, de forma nenhuma a FRATERNA
se descuidou de suas reais atividades: a divulgação da Doutrina
Espírita, o estudo sistemático das obras da codificação,
os atendimentos social e espiritual. As lutas continuaram e a ampliação das dependências da nossa sede aconteceu para melhor atender a todos os que buscam o atendimento em nossa Casa Espírita. A freqüência vem sempre aumentando, razão pela qual os trabalhadores da FRATERNA têm procurado desempenhar suas atividades com muito amor e dedicação. Hoje somos cerca de 80 trabalhadores; por volta de 90 irmãos comparecem semanalmente às reuniões de terapia espiritual que acontecem às 3as. feiras; às reuniões públicas que acontecem às 4as. Feiras comparecem, em média, 90 assistentes, enquanto que inúmeras participam da Evangelização Infantil; às 2as. feiras contamos com a participação ativa de cerca de 80 alunos no curso da Doutrina; a FRATERNA distribui mensalmente cerca de 35 cestas básica; o Grupo do Evangelho no Lar visita um lar, semanalmente, para ensinar a prática do evangelho; aos sábados a Assistência Social acolhe semanalmente cerca de 120 crianças assistidas, que vêm em busca de carinho, orientação, confraternização e muito amor. E tudo isto começou com um grupo de jovens, participantes de um coral na Mocidade Espírita da Lapa. Alguns deles já empreenderam a viagem de retorno à pátria espiritual, enquanto que outros permanecem nas lidas do corpo físico. Mas uma coisa é inegável: todos eles estão bem perto de nós, pois o que outrora foi apenas um sonho, hoje é uma grande realidade. FRATERNA: o lar de todos nós. |
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