INTERNET, USAR OU NÃO?

  A vida moderna, onde cada vez mais a tecnologia se faz presente, transformou o homem num “Devorador do Tempo”.

  Essa ânsia de velocidade está presente no ritmo de vida, nas relações humanas e nas comunicações. Todo mundo está “plugado” nos celulares, na Internet, principalmente os jovens. A busca por informações é insaciável.

  Nesse mundo virtual, só há espaço para imagens e para diálogos cada vez mais rápidos. A palavra escrita parece estar fora do contexto. O prazer que nos dá uma boa leitura já não é conhecido ou compartilhado por muitos. Já chegaram até mesmo a declarar a “morte” de toda obra escrita. Mas nós, estudantes da Doutrina Espírita, precisamos estar atentos ‘a veracidade das informações que buscamos’, que não se perca a pureza doutrinária.

  Um problema que está afetando os estudantes (e curiosos) do Espiritismo é a freqüência com que vão à Internet, em busca de respostas sobre a Codificação-sempre rápidas, mas nem sempre corretas, pois nem todas as informações são confiáveis e seguras. Diz Kardec: “espíritas, amai-vos e instruí-vos”.

  Precisamos estudar a Codificação Kardequiana com muito empenho, disciplina e dedicação para que os nossos conhecimentos doutrinários sejam sólidos. A partir deste conhecimento, estruturado, nós teremos um parâmetro para analisar o que pesquisarmos, lermos, enfim tivermos acesso, e só então aceitar ou não como verdade. Esse é o verdadeiro crivo da razão, que nos exige bom senso e conhecimento.

  Ter acesso aos canais modernos de informações é de grande utilidade, quando bem aproveitados de forma racional e consciente. Para tanto, devemos conhecer primeiro a Doutrina Espírita em profundidade; depois então, buscar o site que nos forneça as informações adequadas como complemento e – ainda assim – analisar cada informação criteriosamente.

  Lembremos sempre que “somos os seres inteligentes da criação”. Fazendo uso do livre arbítrio, cabe a cada um buscar a melhor forma de estudo, sem dispensar, porém, a coerência nos objetivos a serem atingidos.

 

(Texto de Girlane Costa e Silva, extraído do ‘Jornal Espírita’, Agosto 2004)